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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Argentinos lotam catedral do Rio para encontro exclusivo com o papa

Mesmo sem estar previsto na agenda oficial da Jornada Mundial da Juventude, o encontro do papa com peregrinos e sacerdotes argentinos lotou nesta quinta-feira a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.
Organizado às pressas a pedido do próprio pontífice, que queria se reunir em privado com compatriotas, o evento durou pouco mais de 30 minutos e foi realizado após a visita do papa Francisco à favela de Varginha, na zona norte do Rio.
O plano inicialmente divulgado era de que o papa faria uma missa. No entanto, Francisco se restringiu a um discurso de improviso.
Cerca de 5 mil peregrinos e prelados argentinos participaram do encontro dentro da catedral. Os fiéis foram identificados por crachás, em que constavam nome, nacionalidade e endereço de hospedagem. A entrada foi feita por ordem de chegada.
Mas, do lado de fora, uma multidão permanecia debaixo de chuva para ver o pontífice. Desde o início da manhã, os fiéis coloriam de azul e branco as imediações da catedral.
Silêncio
Quando Francisco iniciou seu discurso, após chegar ao local, por volta de 12h30, uma situação inusitada ocorreu: os fiéis que não conseguiram entrar pediam a todo momento silêncio para ouvir do lado de fora as declarações do papa argentino.
Em dado momento, apesar da presença de milhares de peregrinos nas imediações da catedral, só se ouvia o barulho dos helicópteros na Avenida Chile, uma das principais vias do centro do Rio.
A cada frase de impacto do papa, os fieis argentinos, em sua maioria jovens, gritavam e batiam palmas.
O pontífice falou sobre o papel da juventude para a Igreja Católica e pediu para que os argentinos continuassem a rezar por ele.
No final do encontro, os argentinos cantaram em coro cânticos religiosos.
Ao sair da catedral, o papa segurou uma bandeira de seu país e abençoou os fiéis.
A argentina Maggi Pretel, de 15 anos, foi uma das que ficaram do lado de fora. Ela e seu grupo de amigas, de Buenos Aires, chegou ao local por volta de 9h.
"Este papa é especial para nós, porque é argentino. Nos sentimos mais próximas da Igreja", disse.
Após se reunir com os fiéis argentinos, o papa Francisco seguiu para um encontro com jovens detentos no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, residência oficial do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.

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