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sábado, 22 de junho de 2013

Dilma se compromete a receber líderes de protestos pelo Brasil

Presidenta propôs Plano Nacional de Mobilidade Urbana,100% dos royalties do petróleo para a educação e contratação de médicos estrangeiros

Dilma falou do direito que os manifestantes têm de ‘defender com paixão suas ideias’, mas alertou: “O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado”. E ressaltou: “Todas as instituições e os órgãos da Segurança Pública têm o dever de coibir, dentro dos limites da lei, toda forma de violência e vandalismo. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem.”
A presidenta admitiu que os protestos exigem ‘serviços públicos de mais qualidade’ e, ao prometer a reforma política, mandou recado a quem rejeita a participação de partidos nas manifestações: “É equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular.” 
Pouco antes de encerrar, fez outro mea-culpa: “Precisamos muito de formas mais eficazes de combate à corrupção.” Mas preferiu apelar à emoção ao falar da Copa de 2014. Depois de dizer que o dinheiro do governo gasto com as arenas é ‘fruto de financiamento que será pago pelas empresas e os governos que estão explorando estes estádios’, apelou: “O Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles.” E insistiu: “Não vou transigir com a violência e a arruaça.”
No Twitter, a repercussão já é grande. Enquanto um apoiam Dilma com #tamojuntodilma, outros discoram do pronunciamento da presidenta e twittaram #calabocadilma. 
MEDIDAS ANUNCIADAS
PACTO NACIONAL
“Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos”. 
MOBILIDADE URBANA
“O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo.”
EDUCAÇÃO
“Segundo: a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para a Educação”. Sobre isso, a presidenta dividiu a fatura com o Congresso: “Confio que o Congresso Nacional aprovará o projeto que apresentei para que todos os royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a Educação.”
SAÚDE
Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS. 
DIÁLOGO 
“Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências; de sua energia e criatividade; de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente.
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff falou, finalmente, em cadeia nacional de rádio e TV de dez minutos sobre a onda de protestos que se alastrou pelo país nos últimos dias. Aparentando serenidade, Dilma fez questão de dizer que tem a ‘obrigação de ouvir a voz das ruas’ e ‘dialogar com todos os segmentos’, mas chamou de ‘arruaceiros’ quem fez baderna. Também anunciou medidas objetivas que vai tomar a partir das manifestações e lembrou outras duas que já estavam em andamento.
REFERÊNCIA AO PASSADO
A presidenta fez uma referência a seu próprio passado: “A minha geração lutou muito para que a voz das ruas fosse ouvida. Muitos foram perseguidos, torturados e morreram por isso. A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada, e ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.” E lembrou: “O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. Não foi fácil chegar onde chegamos.”


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