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sexta-feira, 15 de março de 2013

ENTREVISTA COM O ARTISTA JOSÉ EDUARDO DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA


1-Bom Eduardo gostaria que você começasse explicando como é pintar em Santo Antonio de Pádua?

R:Pádua é uma cidade onde, infelizmente, não temos muitas opções em termos de atividades culturais. Temos muitas pessoas com diversos talentos que, assim como eu, sentem dificuldade em divulgar seus trabalhos. A própria Casa da Cultura de Aperibé é um belíssimo exemplo que poderia ser seguido.

2-Você nasceu aqui, sempre morou aqui?e sua família?
Sim. Tanto eu como minha família, somos paduanos e sempre moramos em Pádua.

 3-Você sempre pintou?
  R:Sim. Desenho desde os  5 anos de idade.

 4-Se a gente for pegar qualquer documentação sobre a sua trajetória artística, é muito visível o fato de você ter começado  a participar  agora desta exposição.  Como surgiu esse convite?
R: Foram a convite do Marcelo Hungria e da Andréia Câmara, ambos da secretaria de cultura de Aperibé. Pessoas muito especiais e que estão à frente da Casa da Cultura de Aperibé.

5-Fale de sua trajetória artística
R:Como já dito, comecei a desenhar ainda criança . Desenhava em todo lugar, livros , cadernos, revistas, mesas... e, à medida em que eu ia crescendo, a qualidade dos meus desenhos foi aumentando. Passei alguns anos longe dos desenhos em razão dos compromissos que chegaram com o casamento, trabalho e família. Há alguns anos, minha esposa Patrícia me  pediu um quadro novo para nossa casa e decidi que eu mesmo faria o desenho. A partir deste quadro a paixão pelo desenho voltou. Voltei a desenhar e as pessoas que viam meus desenhos diziam sempre que eu deveria me dedicar a fazer de quadros. Fiz alguns quadros, inicialmente da minha família e , após estes, começaram a surgir encomendas. Em 2010 expus meus trabalhos na merconoroeste e, a partir daí, meus desenhos ficaram mais conhecidos na cidade. Com esta exposição agora na Casa da Cultura de Aperibé, espero divulgar meu trabalho também naquela cidade. 

6-Você teve aula com algum artista que o marcou mais profundamente, ou aprendeu a arte do grafite sozinho?
R:Aprendi a desenhar sozinho e acho que a prática foi meu maior professor.

7- Como você descobriu seu talento para o grafite?
R:Quando fiz o primeiro desenho que me chamou a atenção. Era um Super Mouse, um desenho animado de um ratinho que se transformava em super-herói. A partir daquele desenho não parei mais de desenhar.

 8-Quais são as principais influências no seu trabalho?
 R:Gosto muito de apreciar desenhos de outros artistas, mas não tenho uma influência específica.
       
 9- De que maneira você utiliza o grafite no teu trabalho?
  R:Hoje em dia temos muitos recursos e isso tem auxiliado bastante nos resultados. Utilizo lápis graduados importados, papéis específicos para desenho com grafite e esfuminhos , que são bastões em forma de lápis e que ajudam a dar aquele efeito de sombreamento nos desenhos.

10_ Como é seu processo de criação?
R:Normalmente, quando vejo algumas imagens, imagino como seria esta imagem desenhada a grafite. Quando acho que a imagem daria uma pintura bonita, tento reproduzi-la. Existem também os desenhos de fotos feitos por encomenda e estes não me dão muita margem para criação. É só tentar deixar o desenho o mais parecido possível com a foto. 

 
  11-Você consegue viver somente da sua arte?
 R:Não. Sou funcionário Público e trabalho no Fórum de Pádua. Os quadros, além de um hobby, acabaram se tornando uma forma de complementar a renda.


12-O que lhe inspira a pintar?
 R:Acho fascinante  trabalhar os tons de cinza do grafite e transformar riscos em imagens que reproduzem fotos.    

13- E onde as pessoas podem encontrar seus trabalhos?
 R: As pessoas interessadas podem entrar em contato pelo telefone (22) 3853-1454 ou pelo email gomesjose2003@ig.com.br.   

14: Com está sendo apresentar o seu trabalho no salão espaço vivo, no museu da cultura de Aperibé?
É uma oportunidade de expor e divulgar meus trabalhos em uma nova cidade, além de colaborar com o belíssimo trabalho que vem sendo feito pelas pessoas que estão à frente da Casa da Cultura de Aperibé. 





MARCIA MENDES

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