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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Caso de Tetraplegia



A história de Michael em busca de seus direitos, como uma cadeira de rodas. Sua mãe buscou ajuda no ônibus da ALERJ

Numa tarde do dia 04 de janeiro de 2009, Michael subiu numa árvore para pegar uma fruta, quando de repente o galho da árvore que ele havia subido quebrou, o levando a cair de cabeça num bloco de areia dentro do rio. Depois do impacto Michael percebeu que seu corpo não se movia, mas mesmo com a queda Michael permaneceu lúcido a espera da ajuda de seus colegas que nessa tarde estavam com ele. Michael ficou debruçado por volta de 40 segundos esperando a sua retirada. Ao ser retirado do rio, seus colegas o colocaram imobilizado nas margens do rio, em seguida chegou o resgate levando-o para uma clínica particular de saúde onde ao teve assistência médica por não ter plano de saúde.
Ao sair dessa clínica, Michael foi encaminhado para o Hospital Hélio Montezzano, onde a equipe médica viu que o estado clínico do paciente era grave e não podia mantê-lo ali. De perfeito e com saúde, Michael passou a ser um paciente portador de tetraplegia. Michael foi encaminhado para a cidade mais próxima, com recursos ao porte de um caso grave como o dele. Ao chegar no Hospital São José do Havaí, numa noite tumultuada Michael teve que esperar o dia seguinte para operar, após dez dias de cirurgia teve uma parada cardio respiratória, foi quando a junta médica percebeu a urgência da cirurgia de traqueotomia. Após a cirurgia o paciente apresentou melhorar, mas depois de um tempo teve uma pneumonia grave que afetou o pulmão direito, quando teve que drenar o pulmão e Michael teve uma boa recuperação.
Durante sua internação em Itaperuna, na neurovascular, Michael teve que ficar com ventilação mecânica, onde não podia se fazer mudanças de decúbito devido aos aparelhos. Uma luta pela vida no hospital que durou uma internação de três meses. Sem mudança de decúbito, Michael adquiriu úlceras. A primeira surgiu no cóccix, depois surgiram outras em partes do corpo como: calcanhares, membros inferiores e na escápula.
Ao sair do hospital foi para casa tendo que continuar com os cuidados (tratamentos) rigorosos, com o auxílio da família e assistência dos profissionais de saúde de sua cidade e região.
Michael de dois em dois meses vai ao pneumologista. Apesar de seu estado clínico, não é revoltado, está muito bem psicologicamente, na medida do possível e sua vontade é somente em poder se sentar para melhorar das escaras, se esforça para isso, faz fisioterapia todos os dias, com duração de duas horas cada sessão. Seu desejo é sentar-se em sua cadeira de rodas, ficar por mais tempo sentado, mais do que vinte minutos, que no momento é o que ele agüenta, devido às vertigens que ele tem por ficar muito tempo deitado na mesma posição.
Michael agora leva a vida de uma maneira muito humilde, se alimenta e bebe normalmente, usa fraldas e juntex; seu padrão de sono está preservado e ele aceita bem o acidente.
Sua mãe agradece o apoio que tem recebido no Hospital Helio Montezzano, através da Fatinha, Pastoral da Saúde, a todos que se sensibilizam com o estado permanente de seu filho e às orações que tem recebido de todos os segmentos religiosos.
O CRAS passou a fornecer um pacote de fraldas, uma lata de sustagen, dois leites e uma cesta de alimentos com legumes, uma vez por mês.

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